Algo que me fez alguma confusão quando cheguei ao Rio,
foi o fato de, sempre que ia pagar algo com cartão, me perguntarem: "débito ou
crédito?". Na verdade, em Portugal, como sabemos, a pergunta até pode ser
feita, mas certamente que não muitas vezes: os cartões de débito e de crédito
são distintos entre si e as máquinas de pagamento também o são (por norma).
Aqui o cartão de crédito e débito podem ter a mesma aparência (letras mais salientes
nem sempre significam que o cartão é de crédito, como estaríamos habituados) e
a máquina é a mesma: o operador tem apenas de fazer a seleção do tipo de
pagamento referido pelo cliente.
Cuidado no uso dos cartões (Crédito da foto: desconhecido). |
A par desta pequena diferença, há uma outra com
influência mais negativa no dia-a-dia de quem cá chega: na maior parte dos
países europeus é possível efetuar levantamentos de dinheiro em qualquer caixa
de multibanco (salvo raras excepções). No caso do Brasil - e apesar da
diversidade de instituições bancárias existentes -, isso não acontece: às vezes
é necessário percorrer várias agências para poder levantar dinheiro com cartões
internacionais. Depois há ainda os limites de levantamentos diários: já
consegui levantar 1200 BRL, mas nem sempre isso é possível em todas as caixas e
muito menos de uma só vez. Pode acontecer ainda que alguns cartões não funcionem:
MasterCard e AmericanExpress podem não ser aceites em todos os locais!
Outro assunto que considero crítico é a clonagem de
cartões bancários internacionais (essencialmente): rara é a semana em que não
oiço uma história de um estrangeiro (portugueses, franceses, espanhóis, entre
outros) com o cartão de crédito ou de débito clonados. Muita atenção: há casos
de clonagem que aconteceram inclusive em agências bancárias, durante um simples
levantamento de dinheiro. Por isso, todo o cuidado é pouco!
A minha humilde recomendação é que se tenham pelo menos
dois cartões de instituições bancárias distintas (mesmo que não sejam
brasileiras!), que se faça a conferência regular dos extratos, que se conservem
os recibos de compras e, em caso de deteção de fraude, que se alerte imediato a
vossa instituição bancária - normalmente o dinheiro é devolvido sem problemas!
No entanto, não deixem de seguir as recomendações dos
especialistas.
Como conseguimos superar a saga de abrir uma conta num
banco brasileiro, por norma aqui em casa efetuamos os pagamentos de compras com
o cartão associado a essa conta. Apenas em casos muito esporádicos utilizamos
os cartões estrangeiros: não apenas por causa do risco de clonagem, mas por
causa da exorbitância das taxas cobradas! Ah, a propósito: se estiver como residente
no Brasil, saiba que há instituições portuguesas com uma espécie de “conta
emigrante” e que vos permitem utilizar os seus cartões, no Brasil, sem
pagamento de qualquer taxa – quer de levantamento, quer de pagamento. Informem-se.
Espero ter sido útil
com estas informações!
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