quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

"Mãe" Vitória ou "pai" Cláudio.

Desde cedo que ouvia falar da ligação do Brasil ao mundo esotérico. Esoterismo ou religião, a verdade é que sou muito céptica - nem sempre isso me é favorável. Recordo que, em 2013, estava eu a atravessar uma passadeira e fui abordada por uma senhora que me perguntou se queria "botar búzios ou cartas?" Agradeci, mas disse que não. Confesso que me perguntei: "caramba, será que a senhora tem poder de adivinhação?" Preferi pensar que tinha sido apenas uma coincidência e não mais que isso.
Pequeno papel dado na rua.
Enfim, o tempo foi passando e rara é a vez em que não se encontra larga oferta de soluções milagreiras traduzidas em jogos de cartas, búzios, banhos e afins. Respeito. Tanto respeito que, por curiosidade, acedi a que uma "pseudo" entendida na matéria e minha conhecida me "jogasse as cartas". Nem vou alongar-me, porque já devia ter previsto o desfecho: arrependi-me mal passei a porta da saída!
A verdade é que é impossível ficarmos totalmente alienados desta realidade, quando esta espiritualidade (não sei se é o nome mais correcto!) está presente em todo o lado: nas lojas de vendas de artigos católicos vendem-se igualmente os acessórios para se fazerem "arranjos" e descarregos; nas ruas não faltam mensageiros de Felicidade garantida ou Amor duradouro; ou até, na televisão, não faltam as tristes notícias de mais um apedrejamento de simpatizantes de candomblé (para muitos, associado a feitiçarias).

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