quinta-feira, 9 de julho de 2015

Burle-Marx: diz-lhe alguma coisa?

Praça do Rossio, Lisboa, Portugal: calçada com traçado que simboliza o encontro do Rio Tejo com o Mar.

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil: calçada semelhante, mas a simbolizar as ondas do Mar ("Mar largo", nome atribuído pelo prefeito Paulo de Fontin), numa tentativa de homenagear os colonizadores Portugueses.

Calçadão de Ipanema e Leblon
(Crédito da foto: ANFS).
Calçadão de Copacabana
(Crédito da foto: ANFS).



















De fato, além da língua Portuguesa, há muitos elementos que unem Portugal e o Brasil. As famosas pedras portuguesas presentes em várias calçadas no Rio de Janeiro (e não só!), perfazem atualmente 1,218 milhões de metros. Apenas um calçadão repetiu o de Copacabana: o da Praia de São Conrado. Em Ipanema e Leblon, o desenho foi criado há cerca de cinco décadas. Nos praias da Zona Oeste (Barra da Tijuca, Recreio e Macumba), a ideia foi bem diferente: em vez de ondas ou formas geométricas, foi escolhido, no fim dos anos 1980, um traçado em forma de peixes.

No fim dos anos 1960, a Avenida Atlântica passou por uma última "revitalização". Roberto Burle Marx, filho de uma recifense e de um judeu alemão, foi chamado para modernizar a calçada, que triplicou de tamanho após a intervenção urbanística e foi redesenhada. Se antes o formato das ondas ficava perpendicular à praia, com a reforma ele passou a ficar paralelo.
A propósito da comemoração dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro e do reconhecimento da importância das pedras portuguesas na fisionomia arquitetónica da cidade, acontece a exposição "Tatuagens Urbanas e o Imaginário Carioca", de 12 de Junho a 1 de Agosto de 2015. O local da exposição é o Museu Histórico Nacional, na Praça Marechal Âncora, S/N - Centro (RJ). Para mais detalhes, aconselha-se à consulta do site do museu: www.museuhistoriconacional.com.br

E você: também pensava que os desenhos dos calçadões do Rio de Janeiro eram todos iguais?

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