segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cartões bancários internacionais.

Algo que me fez alguma confusão quando cheguei ao Rio, foi o fato de, sempre que ia pagar algo com cartão, me perguntarem: "débito ou crédito?". Na verdade, em Portugal, como sabemos, a pergunta até pode ser feita, mas certamente que não muitas vezes: os cartões de débito e de crédito são distintos entre si e as máquinas de pagamento também o são (por norma). Aqui o cartão de crédito e débito podem ter a mesma aparência (letras mais salientes nem sempre significam que o cartão é de crédito, como estaríamos habituados) e a máquina é a mesma: o operador tem apenas de fazer a seleção do tipo de pagamento referido pelo cliente.
Cuidado no uso dos cartões
(Crédito da foto: desconhecido).
A par desta pequena diferença, há uma outra com influência mais negativa no dia-a-dia de quem cá chega: na maior parte dos países europeus é possível efetuar levantamentos de dinheiro em qualquer caixa de multibanco (salvo raras excepções). No caso do Brasil - e apesar da diversidade de instituições bancárias existentes -, isso não acontece: às vezes é necessário percorrer várias agências para poder levantar dinheiro com cartões internacionais. Depois há ainda os limites de levantamentos diários: já consegui levantar 1200 BRL, mas nem sempre isso é possível em todas as caixas e muito menos de uma só vez. Pode acontecer ainda que alguns cartões não funcionem: MasterCard e AmericanExpress podem não ser aceites em todos os locais!
Outro assunto que considero crítico é a clonagem de cartões bancários internacionais (essencialmente): rara é a semana em que não oiço uma história de um estrangeiro (portugueses, franceses, espanhóis, entre outros) com o cartão de crédito ou de débito clonados. Muita atenção: há casos de clonagem que aconteceram inclusive em agências bancárias, durante um simples levantamento de dinheiro. Por isso, todo o cuidado é pouco!
A minha humilde recomendação é que se tenham pelo menos dois cartões de instituições bancárias distintas (mesmo que não sejam brasileiras!), que se faça a conferência regular dos extratos, que se conservem os recibos de compras e, em caso de deteção de fraude, que se alerte imediato a vossa instituição bancária - normalmente o dinheiro é devolvido sem problemas! No entanto, não deixem de seguir as recomendações dos especialistas.
Como conseguimos superar a saga de abrir uma conta num banco brasileiro, por norma aqui em casa efetuamos os pagamentos de compras com o cartão associado a essa conta. Apenas em casos muito esporádicos utilizamos os cartões estrangeiros: não apenas por causa do risco de clonagem, mas por causa da exorbitância das taxas cobradas! Ah, a propósito: se estiver como residente no Brasil, saiba que há instituições portuguesas com uma espécie de “conta emigrante” e que vos permitem utilizar os seus cartões, no Brasil, sem pagamento de qualquer taxa – quer de levantamento, quer de pagamento. Informem-se.

Espero ter sido útil com estas informações!

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