segunda-feira, 22 de junho de 2015

As greves.

Numa altura em que se vislumbra mais uma greve da Carris, em Portugal, não posso deixar de fazer comparações com o que se passa no Brasil. Por razões que só a mim dizem respeito, não me vou pronunciar sobre a pertinência ou não dessas greves, seja em Portugal, seja no Brasil.
Exemplo de um aviso de greve
(Crédito da foto: ANFS).

O ano passado, 2014, em plena temporada de Campeonato do Mundo do Futebol, no Brasil, houve duas greves que diretamente me influenciaram: a de alguns serviços da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a dos vigilantes (pessoas armadas e de colete à prova de bala, presentes nas várias dependências de todos os bancos (e não só!) que por aqui existem). Ora, dizia eu, ambas as greves - que a dada altura tiveram momentos comuns de "atuação" - me atrapalharam a vida, profissional e/ou pessoal. É que, meus amigos, desengane-se quem pensa que estas greves duram "apenas" um dia ou dois: não! Estamos a falar de greves que decorrem, na maioria das vezes, durante tempo indeterminado: a greve na UFRJ posso garantir que durou, ao menos, dois meses; a dos vigilantes, diria que pelo menos um mês.
Para quem não está habituado a estes "prazos", posso afiançar-vos: os danos para os utilizadores dos serviços são imensos. No caso dos bancos, que em muito dependem destes vigilantes para assegurar o seu funcionamento em segurança, houve serviços totalmente comprometidos: por exemplo, era impossível fazer transações em dinheiro, por questões de segurança; outra situação que aconteceu foi o "fecho" de algumas sucursais ou a colocação de "redomas" de vidro a separar os colaboradores dos clientes e que apenas eram abertas após o cliente informar que iria tratar de assuntos que não envolvessem a transação de "dinheiro vivo". No caso da greve de serviços na UFRJ, houve processos que, simplesmente, pararam...

Suponho que este é mais uma realidade à qual muitos de nós, estrangeiros e oriundos de países europeus, dificilmente nos habituaremos.

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