segunda-feira, 15 de junho de 2015

Empreendedorismo carioca.

De acordo com o índice de Gini5, que mede a desigualdade de rendimentos, o Rio de Janeiro é a capital brasileira mais desigual, juntamente com São Paulo. No entanto, para muitos brasileiros e, sobretudo, estrangeiros, viver no Rio de Janeiro ainda é um sonho.

Vendedor de bolos.
Normalmente, este tipo de vendedores surge à tarde.
(Crédito da foto: ANFS)
Ora, para quem cá chega e já teve a oportunidade de ter visitado outros "mundos", algo que se destaca é a proliferação de comerciantes de rua (algo que, comparado com a Europa, simplesmente não é comparável): por todo o lado há sempre alguém que vende alguma coisa, numa banca de cartão improvisada, num carrinho perfeitamentamente transportável para outro local ou mesmo sobre uma canga, na beira da rua. Ainda que não se aplique a todos os vendedores - muitos têm "pouso" próprio -, muito do que vejo sooa-me a improviso: seja do posto de venda, seja da necessidade de vender. Ou são rebuçados, ou bonecos, ou roupas para bonecos e animais de companhia, ou fatias de bolo, ou bebidas, ou comidinhas ao longo da praia, ou ovos, ou bijouteria, ou água de coco, ou roupa interior, ou sacos e laçarotes para embrulhar presentes, ou outra coisa qualquer. Tudo é negócio. 
Nas ruas de Copacabana, por exemplo, é muito comum vermos alguns vendedores ilegais com atenção redobrada e preparados para fugir em caso de avistamento da polícia. Digo "ilegais", porque, se não o fossem, seguramente não precisariam de sair às pressas, não é verdade? Rapidamente me lembro das vendedoras de manjericos na zona da Rotunda da Boavista, no Porto, que, em caso de aproximação da Polícia, fugia a sete pés!
Enfim, confesso que uma das coisas que mais me espantou que vendessem na rua (dentro de um pequeno quiosque, é certo) foi... adivinhem!

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