quinta-feira, 11 de junho de 2015

Dia de Portugal no RJ.

Algumas das iguarias disponibilizadas
(Crédito da foto: ANFS).
Ontem, 10 de Junho, foi dia de comemoração um pouco por todo o Mundo, em geral, e no Rio de Janeiro, em particular: foi dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A cerimónia oficial de comemoração da data ocorreu no magnífico Palácio São Clemente, em Botafogo.

Além da ilustre participação de muitos compatriotas desconhecidos, tivemos a possibilidade de receber algumas palavras de conforto e reconhecimento por parte dos representantes oficiais de Portugal: Senhor Cônsul, Senhora Cônsul-Adjunta e Senhor Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. O convívio, como não poderia deixar de ser, contou com a presença de alguns dos tradicionais elementos da gastronomia Portuguesa - bacalhau, enchidos, pão tradicional, bolos e vinho e cerveja -, bem como representantes da nova música Portuguesa, além da recitação de um breve trecho de Camões. 

Representantes do Governo português
(Crédito da foto: ANFS).
Resumidamente: foi agradável participar no evento.

Ora, mas à parte o evento público e oficial, o que me diz esta comemoração? A verdade é que, confesso, seguramente me diz muito mais do que diria estando em Portugal. Não é a primeira vez que comemoro a data fora de "casa": a primeira vez foi quando vivi na Bélgica, há mais de 10 anos e, posteriormente, nos útimos dois anos, no Brasil. Pode parecer um pouco "snob", mas não é: todos nós, Portugueses a viver fora de Portugal, somos embaixadores do nosso país. Uns, mais extremistas que outros, mas todos nós temos, à semelhança de quem fica em Portugal, um papel profundamente evangelizador e com uma forte influência na imagem que os outros têm de Portugal. Não é raro encontrarmos por aqui quem nos culpe por todos os males que lhes acontecem (sim, este é um tema muito polémico e que me deixa com as entranhas às voltas), mas também há os que, tendo já estado em Portugal, adoram o país e as suas gentes! Esta semana, por exemplo, numa rua em Copacabana, o inesperado aconteceu: a propósito de uma indicação a uma cidadã carioca, acabei sabendo que já foi 4 ou 5 vezes a Portugal, passou lá a última época natalícia e, em breve, regressará para comprar um apartamento em Marvila, Lisboa. Mas, há mais; durante o tempo em que conversava com esta pessoa e esperava que o sinal do semáforo passasse a verde, apareceu uma nova cidadã que simplesmente, ouvindo a nossa conversa, disse amar Portugal. Ou melhor, segundo ela, amava Lisboa e Cascais (desconheço mais detalhes, porque o sinal entretanto mudou).
Mas, muito antes destes episódios, outros (agradáveis) aconteceram. Aliás, não é de agora: quando vivia na Bélgica e muito antes de Portugal ser um país "na moda", já era muito boa a impressão que os meus colegas, conhecedores do país, tinham. Ok, nem sempre o feedback é positivo, mas quase sempre o é!
Estou certa de que estes ou outros episódios acontecem um pouco por todo o Mundo e que, apesar de nós, expatriados, podermos (eventualmente) ter alguns assuntos mal resolvidos com a nossa Pátria, ficamos profundamente orgulhosos por este novo papel, nem sempre reconhecido: o de embaixadores!

Mas, voltando ao início: o que sinto no dia 10 de Junho? Nada que não sinta nos outros dias do ano: um profundo orgulho - sincero e não chauvinista - de ser Portuguesa, com todos os defeitos e com as qualidades que Portugal e os Portugueses têm.
(já agora, falta muito para ir dizer olá à Pátria?)

Sem comentários:

Enviar um comentário